4.2. Aplicações Lineares Contínuas

4.2.1 Lema.

Sejam (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços normados sobre 𝕂\mathds{K} e T:EFT:E\to F uma aplicação linear. As seguintes afirmações são equivalentes:

  • (a)

    TT é contínua;

  • (b)

    TT é contínua na origem;

  • (c)

    TT é limitada em alguma vizinhança da origem, i.e., existem c0c\geq 0 e uma vizinhança VV da origem em EE tal que T(x)Fc\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c, para todo xVx\in V;

  • (d)

    TT é limitada na bola unitária de EE, i.e., existe c0c\geq 0 tal que T(x)Fc\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c, para todo xEx\in E com xE\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}};

  • (e)

    TT é limitada na esfera unitária de EE, i.e., existe c0c\geq 0 tal que T(x)Fc\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c, para todo xEx\in E com xE=1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}=1;

  • (f)

    existe c0c\geq 0 tal que T(x)FcxE\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$% \scriptstyle E$}}, para todo xEx\in E;

  • (g)

    TT é Lipschitziana.

Demonstração.
  • \bullet

    (a)\Rightarrow(b).

    Trivial.

  • \bullet

    (b)\Rightarrow(c).

    Dado, por exemplo, ε=1\varepsilon=1, existe δ>0\delta>0 tal que:

    T(x)T(0)F=T(x)F<ε,\big{\|}T(x)-T(0)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}=\big{\|}T(x)% \big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}<\varepsilon,

    para todo xEx\in E com xE<δ\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}<\delta. Daí TT é limitada na bola aberta de centro na origem de EE e raio δ\delta.

  • \bullet

    (c)\Rightarrow(d).

    Por hipótese, existem r>0r>0 e c0c\geq 0 tais que T(x)Fc\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c, para todo xEx\in E com xEr\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq r. Daí, se xEx\in E é tal que xE1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq 1 então rxEr\|rx\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq r e portanto T(rx)Fc\|T(rx)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c; logo T(x)Fcr\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq\frac{c}{r}, para todo xEx\in E com xE1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq 1.

  • \bullet

    (d)\Rightarrow(e).

    Trivial.

  • \bullet

    (e)\Rightarrow(f).

    Seja c0c\geq 0 tal que T(x)Fc\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c, para todo xEx\in E com xE=1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}=1. Afirmamos que T(x)FcxE\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$% \scriptstyle E$}}, para todo xEx\in E. De fato, se x=0x=0 essa desigualdade é trivial. Se x0x\neq 0, tomamos y=xxEy=\frac{x}{\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptscriptstyle E$}}}, de modo que yE=1\|y\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}=1 e:

    T(x)FxE=T(y)Fc.\frac{\big{\|}T(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}}{\|x\|_{% \lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}}=\big{\|}T(y)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{% $\scriptstyle F$}}\leq c.

    A conclusão segue.

  • \bullet

    (f)\Rightarrow(g).

    Seja c0c\geq 0 tal que T(x)FcxE\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$% \scriptstyle E$}}, para todo xEx\in E. Dados, x,yEx,y\in E, então:

    T(x)T(y)F=T(xy)FcxyE,\big{\|}T(x)-T(y)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}=\big{\|}T(x-y)% \big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq c\|x-y\|_{\lower 2.0pt\hbox% {$\scriptstyle E$}},

    de modo que cc é uma constante de Lipschitz para TT.

  • \bullet

    (g)\Rightarrow(a).

    Trivial.∎

4.2.2 Definição.

Sejam (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços normados sobre 𝕂\mathds{K}. Uma aplicação linear T:EFT:E\to F é dita limitada se satisfaz uma das (e portanto todas as) condições equivalentes que aparecem no enunciado do Lema 4.2.1.

Normalmente, uma função ff cujo contra-domínio é um espaço métrico é dita limitada quando sua imagem é um conjunto limitado. No caso de aplicações lineares, usamos a expressão “limitada” com um significado um pouco diferente, i.e., dizemos que uma aplicação linear entre espaços normados é limitada quando sua restrição à bola unitária do domínio é limitada no sentido mais usual da palavra. Esse uso ligeiramente ambíguo da palavra “limitada” é completamente usual e não causa confusão, já que uma aplicação linear não nula nunca pode ter imagem limitada (veja Exercício 4.16).

Sejam (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços normados sobre 𝕂\mathds{K}. Denotamos por Lin(E,F)\mathrm{Lin}(E,F) o conjunto de todas as aplicações lineares limitadas T:EFT:E\to F. Segue facilmente do resultado do Exercício 4.2 que Lin(E,F)\mathrm{Lin}(E,F) é um subespaço vetorial do espaço de todas as aplicações lineares T:EFT:E\to F.

4.2.3 Definição.

Sejam (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços normados sobre 𝕂\mathds{K}. Se T:EFT:E\to F é uma aplicação linear limitada então a norma de TT é definida por:

T=sup{T(x)F:xE e xE1}[0,+[.\|T\|=\sup\big{\{}\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}:\text{$x\in E% $ e $\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq 1$}\big{\}}\in\left[0,+% \infty\right[. (4.2.1)

Quando o espaço EE é não nulo, então a norma de uma aplicação linear T:EFT:E\to F coincide com o supremo de T(x)F\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}} quando xx percorre a esfera unitária de EE (veja Exercício 4.17). Deixamos a cargo do leitor a verificação de que (4.2.1) define uma norma no espaço vetorial Lin(E,F)\mathrm{Lin}(E,F) (veja Exercício 4.18).

4.2.4 Lema.

Sejam (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços normados sobre 𝕂\mathds{K}. Então:

T(x)FTxE,\|T(x)\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq\|T\|\|x\|_{\lower 2.0pt% \hbox{$\scriptstyle E$}}, (4.2.2)

para todos TLin(E,F)T\in\mathrm{Lin}(E,F), xEx\in E. Se (G,G)(G,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle G$}}) é um espaço normado sobre 𝕂\mathds{K} e TLin(E,F)T\in\mathrm{Lin}(E,F), SLin(F,G)S\in\mathrm{Lin}(F,G) então:

STST.\|S\circ T\|\leq\|S\|\|T\|.
Demonstração.

Seja xEx\in E. Se x=0x=0, então a desigualdade (4.2.2) é trivial. Senão, seja y=xxEy=\frac{x}{\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptscriptstyle E$}}}; temos yE=1\|y\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}=1 e portanto:

T(x)FxE=T(y)FT,\frac{\big{\|}T(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}}{\|x\|_{% \lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}}=\big{\|}T(y)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{% $\scriptstyle F$}}\leq\|T\|,

donde a desigualdade (4.2.2) segue. Seja SLin(F,G)S\in\mathrm{Lin}(F,G); para todo xEx\in E com xE1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq 1, temos:

(ST)(x)G=S(T(x))GST(x)FST,\big{\|}(S\circ T)(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle G$}}=\big{\|}S% \big{(}T(x)\big{)}\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle G$}}\leq\|S\|\big{% \|}T(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq\|S\|\|T\|,

donde STST\|S\circ T\|\leq\|S\|\|T\|. ∎

4.2.5 Proposição.

Sejam (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços normados sobre 𝕂\mathds{K}. Se (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) é um espaço de Banach então também Lin(E,F)\mathrm{Lin}(E,F) é um espaço de Banach.

Demonstração.

Seja (Tn)n1(T_{n})_{n\geq 1} uma seqüência de Cauchy em Lin(E,F)\mathrm{Lin}(E,F). Para todo xEx\in E, temos:

Tn(x)Tm(x)FTnTmxE,\big{\|}T_{n}(x)-T_{m}(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq\|T% _{n}-T_{m}\|\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}},

para todos n,m1n,m\geq 1; segue que (Tn(x))n1\big{(}T_{n}(x)\big{)}_{n\geq 1} é uma seqüência de Cauchy em FF. Como FF é completo, podemos definir uma aplicação T:EFT:E\to F fazendo:

T(x)=limnTn(x),T(x)=\lim_{n\to\infty}T_{n}(x),

para todo xEx\in E. Se x,yEx,y\in E e λ𝕂\lambda\in\mathds{K} então segue do resultado do Exercício 4.2 que:

T(x+y)=limnTn(x+y)=limn(Tn(x)+Tn(y))=T(x)+T(y),\displaystyle T(x+y)=\lim_{n\to\infty}T_{n}(x+y)=\lim_{n\to\infty}\big{(}T_{n}% (x)+T_{n}(y)\big{)}=T(x)+T(y),
T(λx)=limnTn(λx)=limn(λTn(x))=λT(x),\displaystyle T(\lambda x)=\lim_{n\to\infty}T_{n}(\lambda x)=\lim_{n\to\infty}% \big{(}\lambda T_{n}(x)\big{)}=\lambda T(x),

donde TT é linear. Seja dado ε>0\varepsilon>0. Vamos mostrar que existe n01n_{0}\geq 1 tal que TnTT_{n}-T é limitada e TnTε\|T_{n}-T\|\leq\varepsilon, para todo nn0n\geq n_{0}; seguirá daí automaticamente que TT é limitada, já que T=Tn(TnT)T=T_{n}-(T_{n}-T), com TnT_{n} e TnTT_{n}-T ambas limitadas. Como (Tn)n1(T_{n})_{n\geq 1} é de Cauchy, existe n01n_{0}\geq 1 tal que TnTm<ε\|T_{n}-T_{m}\|<\varepsilon, para todos n,mn0n,m\geq n_{0}. Fixado xEx\in E com xE1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq 1 então:

Tn(x)Tm(x)F<ε;\big{\|}T_{n}(x)-T_{m}(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}<\varepsilon;

fazendo mm\to\infty (com nn e xx fixados), obtemos:

Tn(x)T(x)Fε,\big{\|}T_{n}(x)-T(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}\leq\varepsilon,

para todo nn0n\geq n_{0} e todo xEx\in E com xE1\|x\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}\leq 1. Daí TnTε\|T_{n}-T\|\leq\varepsilon, para todo nn0n\geq n_{0}. Isso mostra que limnTn=T\lim_{n\to\infty}T_{n}=T em Lin(E,F)\mathrm{Lin}(E,F), o que completa a demonstração. ∎

4.2.6 Definição.

Sejam EE, FF espaços vetoriais complexos. Uma aplicação T:EFT:E\to F é dita linear-conjugada se:

T(x+y)=T(x)+T(y)eT(λx)=λ¯T(x),T(x+y)=T(x)+T(y)\quad\text{e}\quad T(\lambda x)=\bar{\lambda}T(x),

para todos x,yEx,y\in E e todo λ\lambda\in\mathds{C}.

Se EE, FF são espaços vetoriais complexos e T:EFT:E\to F é uma aplicação linear-conjugada então TT é \mathds{R}-linear, i.e., a aplicação T:E|F|T:E|_{\mathds{R}}\to F|_{\mathds{R}} é linear, onde E|E|_{\mathds{R}}, F|F|_{\mathds{R}} denotam as realificações dos espaços complexos EE e FF respectivamente (veja Definição 4.1). Obtemos daí o seguinte:

4.2.7 Lema.

O resultado do Lema 4.2.1 também vale se supusermos que 𝕂=\mathds{K}=\mathds{C} e que T:EFT:E\to F é uma aplicação linear-conjugada.

Demonstração.

Basta aplicar o Lema 4.2.1 para a aplicação linear T:E|F|T:E|_{\mathds{R}}\to F|_{\mathds{R}}, observando que E\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}} e F\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}} também são normas nos espaços vetorais reais E|E|_{\mathds{R}} e F|F|_{\mathds{R}}, respectivamente (veja Exercício 4.7). ∎

Dizemos que uma aplicação linear-conjugada T:EFT:E\to F é limitada quando satisfaz uma das (e portanto todas as) condições equivalentes que aparecem no enunciado do Lema 4.2.1. Definimos então a norma de TT como em (4.2.1). O Lema 4.2.4, a Proposição 4.2.5 e o resultado dos Exercícios 4.17 e 4.18 todos possuem versões correspondentes para aplicações lineares-conjugadas (e as correspondentes demonstrações são perfeitamente análogas às demonstrações das versões originais). Observamos também que uma aplicação linear-conjugada pode ser transformada em uma aplicação linear se trocarmos o sinal da estrutura complexa de seu domínio ou de seu contra-domínio (veja Exercícios 4.19, 4.20, 4.21 e 4.22). Tal observação permite obter de forma imediata as versões para aplicações lineares-conjugadas dos resultados que demonstramos sobre aplicações lineares.

4.2.8 Definição.

Seja (E,E)(E,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle E$}}), (F,F)(F,\|\cdot\|_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}) espaços vetoriais sobre 𝕂\mathds{K} e seja T:EFT:E\to F uma aplicação linear (resp., linear conjugada). Dizemos que TT é uma imersão isométrica linear (resp., imersão isométrica linear-conjugada) se:

T(x)F=xE,\big{\|}T(x)\big{\|}_{\lower 2.0pt\hbox{$\scriptstyle F$}}=\|x\|_{\lower 2.0pt% \hbox{$\scriptstyle E$}}, (4.2.3)

para todo xEx\in E. Se, além do mais, TT é sobrejetora, dizemos que TT é uma isometria linear (resp., isometria linear-conjugada).

A condição (4.2.3) implica diretamente que Ker(T)={0}\mathrm{Ker}(T)=\{0\}, i.e., que TT é injetora. Assim, toda isometria linear (resp., isometria linear conjugada) é bijetora e é fácil ver que sua inversa T1:FET^{-1}:F\to E também é uma isometria linear (resp., isometria linear conjugada). Além do mais, é claro que toda imersão isométrica linear (e toda imersão isométrica linear-conjugada) TT é limitada e que T=1\|T\|=1, a menos que seu domínio seja o espaço nulo.