Exercícios para o Capítulo 2
Funções Mensuráveis
Exercício 2.1.
Sejam , espaços mensuráveis arbitrários. Mostre que toda função constante é mensurável.
Exercício 2.2.
Sejam um conjunto, uma -álgebra de partes de e um subconjunto. Mostre que é uma -álgebra de partes de .
Exercício 2.3.
Sejam um conjunto e um subconjunto. Se é um conjunto de geradores para uma -álgebra de partes de , mostre que o conjunto:
é um conjunto de geradores para a -álgebra de partes de ; em símbolos:
Exercício 2.4.
Mostre que .
Exercício 2.5.
Mostre que os intervalos , , constituem um conjunto de geradores para a -álgebra de Borel de .
Exercício 2.6.
Seja um espaço mensurável e sejam , funções mensuráveis. Mostre que o conjunto:
é mensurável.
Exercício 2.7.
Mostre que a função definida por:
é Borel mensurável.
Exercício 2.8.
Sejam um subconjunto mensurável e um espaço mensurável. Dada uma função , mostre que:
-
(a)
se existe tal que tem medida nula e tal que é mensurável então é mensurável;
-
(b)
se é mensurável e se é igual a quase sempre então também é mensurável;
-
(c)
se é uma seqüência de funções mensuráveis e se q. s. então também é mensurável.
Exercício 2.9.
Denote por a projeção nas primeiras coordenadas. Mostre que a função:
é mensurável (note que não estamos seguindo a convenção 2.1.3).
Exercício 2.10.
Seja uma função definida num subconjunto de . Recorde que o gráfico de é o conjunto:
Mostre que:
-
•
se é Boreleano e é Borel mensurável então é Boreleano;
-
•
se é mensurável e é mensurável então é mensurável.
Definição da Integral
Exercício 2.11.
Sejam um espaço de medida e uma função mensurável. Mostre que:
-
(a)
é integrável se e somente se é integrável;
-
(b)
se é quase integrável então:
Exercício 2.12.
Seja um espaço de medida e seja uma seqüência de funções mensuráveis . Se , mostre que:
Exercício 2.13.
Seja um espaço de medida. Dada uma função mensurável , mostre que a aplicação definida por:
é uma medida (a medida é chamada a integral indefinida de e é denotada por ).
Exercício 2.14.
Sejam um espaço de medida e uma função quase integrável. Mostre que:
-
(a)
se é uma seqüência de conjuntos mensuráveis dois a dois disjuntos e se então:
-
(b)
se é uma seqüência de conjuntos mensuráveis e então:
(2.8.11) -
(c)
se é uma seqüência de conjuntos mensuráveis, e se é integrável então vale a igualdade (2.8.11).
Definição 2.1.
Sejam e espaços de medida. Dizemos que uma função preserva medida se é mensurável e se , para todo .
Exercício 2.15.
Sejam um espaço de medida, um espaço mensurável e uma aplicação mensurável. Mostre que:
-
(a)
a aplicação definida por:
para todo , é uma medida em ;
-
(b)
se é uma medida em então preserva medida se e somente se .
Dizemos que é a imagem da medida pela aplicação mensurável .
Exercício 2.16.
Sejam e espaços de medida e seja uma função que preserva medida. Dada uma função mensurável , mostre que é quase integrável se e somente se é quase integrável e, nesse caso:
Exercício 2.17.
Sejam um espaço de medida, uma -álgebra de partes de contida em e a restrição de a . Dada uma função mensurável , mostre que é quase integrável com respeito a se e somente se é quase integrável com respeito a e, nesse caso .
Definição 2.2.
Seja um conjunto. A aplicação definida por:
é chamada a medida de contagem.
Exercício 2.18.
Seja o conjunto dos números inteiros positivos e seja a medida de contagem. Mostre que:
-
•
dada uma função então:
(2.8.12) -
•
uma função é integrável se e somente se a série é absolutamente convergente e nesse caso vale a identidade (2.8.12).
Exercício 2.19.
Sejam um espaço de medida e uma função quase integrável. Mostre que:
-
•
se então para quase todo ;
-
•
se então para quase todo ;
-
•
se é integrável então para quase todo .
Exercício 2.20.
Sejam um espaço de medida e , funções mensuráveis, com quase integrável. Mostre que:
-
•
se e q. s. então é quase integrável e ;
-
•
se e q. s. então é quase integrável e ;
-
•
se é integrável e q. s. então é integrável.
Exercício 2.21.
Seja um espaço de medida. Dada uma função mensurável , mostre que se e somente se quase sempre.
Exercício 2.22.
Seja um espaço de medida. Dadas funções integráveis , tais que e:
mostre que quase sempre.
Exercício 2.23.
Sejam um espaço de medida e uma função integrável. Mostre que para todo existe um tal que para todo conjunto mensurável com temos:
Exercício 2.24.
Seja uma função integrável definida num intervalo . Fixado , considere a função definida por:
para todo . Mostre que:
-
(a)
é contínua;
-
(b)
dado , existe tal que dados e intervalos abertos dois a dois disjuntos , , então:
-
(c)
se é limitada então é Lipschitziana com constante de Lipschitz igual a ;
-
(d)
(teorema fundamental do cálculo) se é contínua num ponto então é derivável no ponto e ;
-
(e)
se é contínua e é uma primitiva qualquer de (i.e., ) então:
para todos .
Exercício 2.25.
(integração por partes) Se , são funções de classe , mostre que:
Teoremas de Convergência
Exercício 2.26.
Sejam um espaço de medida e uma seqüência de funções integráveis (resp., quase integráveis) . Suponha que converge uniformemente para uma função , i.e., para todo existe tal que , para todo e todo . Se , mostre que também é integrável (resp., quase integrável) e que:
Exercício 2.27.
Sejam um espaço de medida e uma seqüência de funções integráveis tal que:
Mostre que:
-
•
a série é absolutamente convergente para quase todo ;
-
•
se é uma função mensurável tal que q. s. então é integrável e:
Exercício 2.28.
Sejam um espaço de medida e uma função integrável. Mostre que para todo existe uma função simples integrável tal que:
Exercício 2.29.
Sejam um espaço de medida, uma seqüência de subconjuntos mensuráveis de e uma função quase integrável. Assuma que para todo o conjunto:
é finito. Mostre que:
Exercício 2.30.
Seja uma função integrável. Mostre que as funções:
são contínuas e que:
Exercício 2.31.
Considere a função definida por:
para todo .
-
(a)
Mostre que é derivável e que:
para todo .
-
(b)
Mostre que , para todo , onde:
(2.8.13)
Exercício 2.32.
Considere a função definida por:
para todo .
-
(a)
Mostre que é derivável e que , para todo .
-
(b)
Mostre que .
-
(c)
Conclua que , para todo .
-
(d)
Usando integração por partes, verifique que:
para todo .
-
(e)
Mostre que:
onde é definida por , para e .
Mais sobre Convergência de Seqüências de Funções
Exercício 2.33.
Sejam um espaço de medida, uma seqüência de funções mensuráveis e uma função mensurável. Se converge em medida para , mostre que toda subseqüência de também converge em medida para .
Exercício 2.34.
Sejam um espaço de medida e uma seqüência pontualmente de Cauchy quase sempre. Mostre que existe uma função tal que pontualmente q. s.; se as funções são todas mensuráveis, mostre que podemos escolher a função também mensurável.
Exercício 2.35.
Mostre que toda seqüência uniformemente de Cauchy quase sempre é quase uniformemente de Cauchy e que toda seqüência quase uniformemente de Cauchy é pontualmente de Cauchy quase sempre.
Exercício 2.36.
Se é um conjunto, é uma seqüência uniformemente de Cauchy de funções e é uma função tal que pontualmente, mostre que . Se é um espaço de medida, é uniformemente de Cauchy quase sempre (resp., quase uniformemente de Cauchy) e pontualmente q. s., mostre que q. s. (resp., que ).
Exercício 2.37.
Mostre que:
-
•
toda seqüência uniformemente convergente (resp., quase sempre) é uniformemente de Cauchy (resp., quase sempre);
-
•
toda seqüência quase uniformemente convergente é quase uniformemente de Cauchy;
-
•
toda seqüência de funções mensuráveis que é convergente em medida é de Cauchy em medida.
Exercício 2.38.
Seja um espaço de medida com e seja uma seqüência de funções mensuráveis . Mostre que se é pontualmente de Cauchy quase sempre então é quase uniformemente de Cauchy.
Exercício 2.39.
Mostre que se uma seqüência de funções mensuráveis é quase uniformemente de Cauchy então ela é de Cauchy em medida.
Exercício 2.40.
Sejam um espaço de medida, uma seqüência de funções mensuráveis que é de Cauchy em medida e uma subseqüência de que converge em medida para uma função mensurável . Mostre que também converge em medida para .
Exercício 2.41.
Sejam um espaço de medida, uma seqüência de funções mensuráveis e , funções mensuráveis. Se e , mostre que para quase todo .
O Teorema de Fubini em
Exercício 2.42.
Seja uma função definida num subconjunto de . Mostre que se o gráfico de (recorde (2.8.10)) é mensurável então .
Exercício 2.43.
Sejam , conjuntos mensuráveis e , funções integráveis. Mostre que a função:
é integrável e que sua integral é dada por:
Exercício 2.44.
Seja o simplexo padrão -dimensional definido por:
-
(a)
Mostre que é mensurável para todo .
-
(b)
Se , mostre que:
para todo .
-
(c)
Determine .