Capítulo 1
1.1 (1) (2) (3) Observe primeiro que não é solução (a divisão por zero no lado esquerdo não é nem definida). Assim, multiplicando por e rearranjando obtemos . Como , obtemos duas soluções: . (Obs: o número é às vezes chamado de razão áurea. Veja ) (4) Para ter , é necessário que pelo menos um dos fatores, ou , seja nulo. Isto é, basta ter ou . Assim, . Obs: querendo aplicar a fórmula de qualquer jeito, um aluno com pressa pode querer expandir o produto para ter , calcular , e obter . Mas além de mostrar uma falta de compreensão (pra que expandir uma expressão já fatorada!?), isso implica aplicar uma fórmula e fazer contas, o que cria várias oportunidades de errar!) (5) (qualquer torna a equação verdadeira!) (6) (7) (8) (9) . 1.3 Resposta: não. Sejam e os catetos do triângulo. Para ter uma área de , é preciso ter . Para ter um perímetro de , é preciso ter (o comprimento da hipotenusa foi calculada com o Teorema de Pitágoras). Essa última expressão é equivalente a , isto é (tomando o quadrado em ambos lados) . Como , esta equação se reduz a uma equação da única incógnita : . Como essa equação tem , não existe triângulo retângulo com aquelas propriedades. 1.4 , , , , , , , . 1.5 (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) (8) (9) Obs: aqui, um erro comum é de começar dividindo ambos lados de por , o que dá . Isso dá somente uma parte do conjunto das soluções, , porque ao dividir por , é preciso considerar também os casos em que é negativo. Se é negativo, dividir por dá (invertemos o sentido da desigualdade), o que fornece o outro pedaço das soluções: . (10) (11) (12) (13) (14) . Cuidado: tem que excluir o valor para evitar a divisão por zero e a inequação ser bem definida. (15) Primeiro observemos que os valores e são proibidos. Em seguida, colocando no mesmo denominador, queremos resolver . Isso é equivalente a resolver , cujo conjunto de soluções é dado por . Logo, (tiramos os dois valores proibidos). (7) . (17) . 1.6 Um só: . 1.7 Resolvendo obtemos , e resolvendo obtemos . Logo, é solução das duas inequações no mesmo tempo. Mas esse intervalo contém os primos . Logo, a resposta é: . 1.8 A expressão correta é a terceira, e vale para qualquer . A primeira está certa quando , mas errada quando (por exemplo, ). A segunda também está certa quando , mas não é nem definido quando . 1.9 (1) Observe que como um valor absoluto é sempre , qualquer é solução de . Logo, . (2) Como no item anterior, para qualquer . Logo, não tem nenhum tal que , o que implica . (3) Para ter , a única possibilidade é de excluir . Como isso acontece se e somente se , isto é se e somente se , temos . (4) Considere primeiro o caso em que (isto é ). A inequação se torna , isto é . Logo, . No caso em que (isto é ), a inequação se torna , isto é . Assim, . Finalmente, . (5) (6) . Observe que por (1.12), se e somente se . Assim, resolvendo separadamente as inequações e leva ao mesmo conjunto de soluções. (LABEL:itt8) . 1.10 (1) se , se , nula se . (2) para todo . (3) se , nula se . (4) se , se , nula se (5) se , se , nula se . Observe que a expressão não é definida em . (6) se , se , nula se . 1.11 (1) , (2) , (3) , (4) , (5) , (6) , (7) , (8) , (9) , 1.12 , . 1.13 (1) , (2) , (3) , (4) , (5) . 1.14
1.15 (1) . (2) 1.16 Comecemos com um exemplo: considere a reta de inclinação que passa pela origem. Qual é a equação da reta , perpendicular a , que passa pela origem?
Observe que se , então o ponto , já que o segmento
precisa ser perpendicular a . Logo, a inclinação de pode ser obtida
usando o ponto :
,
o que prova . Escolhendo qualquer outro ponto em ,
obteríamos um ponto , e seria calculada da mesma maneira.
Para uma reta de inclinação qualquer, podemos escolher e , assim é sempre verificada. 1.17 e são paralelas, e ambas são perpendiculares a . 1.18 (1) , . (2) não é círculo: não é um quadrado. (3) , . (4) não é círculo: depois de ter completado o quadrado obtemos , que não é um quadrado. (5) não é círculo: depois de ter completado o quadrado obtemos (que poderia ser interpretado como um círculo de raio centrado em ). (6) não é círculo ( é uma hipérbole). 1.19 Durante uma hora e quinze minutos, o ponteiro dos segundos dá voltas. Como uma volta representa uma distância percorrida (pela ponta) de centímetros, a distância total é de centímetros, o que corresponde a metros. 1.21
1.22 . 1.23 Todas essas identidades seguem da observação do círculo trigonométrico. Por exemplo, o desenho
mostra que e . Como consequência,
Deixemos o leitor provar as identidades parecidas com . Por outro lado, o desenho
mostra que e . Como consequência,
1.25 (1.26) segue de (1.25) trocando por e usando (1.19). Para provar (1.27), basta usar (1.26) da seguinte maneira:
Para (1.28),
A última igualdade foi obtida dividindo o numerador e o denominador por . 1.26 As duas primeiras seguem das identidades anteriores, com . A terceira obtem-se escrevendo:
Será que você consegue provar (1.33) somente a partir do círculo trigonométrico?
A última, (1.34), se obtem facilmente a partir de . Observe que a relação (1.34) é a base da técnica chamada ring modulation em música eletrônica. 1.27 A inclinação é dada por (Exercício 1.21). Logo, a equação é . 1.28 Observe que boa parte das equações desse exercício possuem infinitas soluções! As soluções obtêm-se essencialmente olhando para o círculo trigonométrico. (1) . (2) (3) . (4) . (5) Observe que satisfaz , isto é ou . Como o seno somente toma valores entre e , não possui soluções. Por outro lado, possui as soluções , como visto em (2). Portanto, . (6) e as suas translações de . (7) e as suas translações de . (8) Rearranjando obtemos , o que significa . Logo, (9) .