Capítulo 7
7.1 (1) As hipóteses do teorema não são satisfeitas, pois o domínio não é um intervalo finito e fechado. Mesmo assim, qualquer é ponto de máximo e mínimo global ao mesmo tempo. (2) As hipóteses não são satisfeitas: o intervalo não é limitado. Tém um mínimo global em , não tem máximo global. (3) Hipóteses não satisfeitas (domínio não limitado). Máximo global em , não tem mínimo global. (4) Hipóteses não satisfeitas (o intervalo não é fechado). Tém mínimo global em , não tem máximo global. (5) Hipóteses satisfeitas: mínimo global em , máximos globais em e . (6) Hipóteses satisfeitas: mínímos globais em e , máximos globais em e .
(7) Hipóteses satisfeitas: mínimos globais em e , máximos globais em e . (8) Hipóteses satisfeitas: mínimo global em , máximo global em . (9) Hipóteses não satisfeitas ( não é contínua). Não tem máximo global, tem mínimos globais em e . (10) Hipóteses satisfeitas: mínimo global em , máximos locais em e . (11) Hipóteses não satisfeitas ( é contínua, mas o domínio não é limitado). Tém mínimo global em , não possui máximo global. (12) Hipóteses não satisfeitas (intervalo não limitado). No entanto, tem infinitos mínimos globais, em todos os pontos da forma , e infinitos máximos globais, em todos os pontos da forma . 7.2 (1) Máximo local no ponto , um mínimo local (e global) em . (2) Sem mín./máx. (3) Mínimo local (e global) em (Atenção: a derivada é nula em , mas não é nem máximo nem mínimo pois a derivada não muda de sinal). (4) , tem um mínimo local (em global) em , um máximo local (e global) em . (5) Máximo local (e global) em . (6) Máximo local em . (7) Mínimo local em , máximo local em . (8) Mínimo local em . (9) Máximo local em , mínimo local em . 7.3 . 7.4 (1) , (2) . Como , não possui máximo global. decresce em , cresce em :
Obs: O potencial de Lennard-Jones descreve a energia de interação entre dois átomos neutros a distância . Quando essa energia é positiva (os átomos se repelem), e quando essa energia é negativa (os átomos se atraem). Vemos que quando , a energia tende a zero e que ela tende a quando : a distâncias longas, os átomos não interagem, e a distâncias curtas a energia diverge (caroço duro). A posição mais estável é quando a distância entre os dois átomos é . 7.5 (1) A função área é dada por , . O leitor pode verificar que o seu máximo global em é atingido em . Logo, o retângulo de maior área inscrito no círculo tem largura , e altura . Logo, é um quadrado! (2) Usaremos a variável definida da seguinte maneira
A área do retângulo é dada por . Ora, e . Logo, . Portanto, queremos maximizar em . É fácil ver que o de máximo é atingido em . Logo o maior retângulo tem altura , e largura . 7.6 A altura do triângulo de abertura é , a sua base é , logo a sua área é dada por
Queremos maximizar quando . Ora, , e como , se e somente se , isto é, se e somente se . Ora, como se , se , é um máximo de . Logo, o triângulo que tem maior área é aquele cuja abertura vale . Obs: pode também expressar a área em função do lado horizontal , . Obs: Pode também introduzir a variável , definida como
e fica claro que o triângulo de maior área é aquele que tem maior altura , isto é, (aqui nem precisa calcular uma derivada…), o que acontece quando a abertura vale . 7.7 Seja o tamanho do lado horizontal do retângulo, e o seu lado vertical. A área vale . Como o perímetro é fixo e vale , podemos expressar em função de , , e expressar tudo em termos de : . Maximizar essa função em mostra que é máxima quando . Como , o retângulo com maior área é um quadrado! 7.8 Suponha que a corda seja cortada em dois pedaços. Com o primeiro pedaço, de tamanho , façamos um quadrado: cada um dos seus lados tem lado , e a sua área vale . Com o outro pedaço façamos um círculo, de perímetro , logo o seu raio é , e a sua área . Portanto, queremos maximizar a função
Na fronteira, (a corda inteira usada para fazer um círculo), (a corda inteira para fazer um quadrado). Procuremos os pontos críticos de : é fácil ver que se e somente . Como , temos que . Logo, a área total mínima é obtida fazendo um quadrado com o primeiro pedaço de tamanho , e um círculo com o outro pedaço (). A área total máxima é obtida usando a corda toda para fazer um círculo. 7.9 7.10 Seja , com . É preciso minimizar para . Os pontos críticos de são soluções de (em ), isto é, . Como , é um mínimo de (pode verificar calculando os valores , ). Logo, é tal que o perímetro de seja mínimo. 7.11 . 7.12 Considere a variável definida da seguinte maneira:
Assim temos que a área do triângulo em função de , , é dada por . Mas, como , temos , que dá . Procuremos o mínimo de para . Como é derivável em todo , , vemos que possui dois pontos críticos, em e , e se , se , e se . Desconsideremos o pois queremos um ponto em . Assim, o mínimo de é atingido em , e nesse ponto :
7.13 Representamos o triângulo da seguinte maneira:
Parametrizando o triângulo usando a variável acima (pode também usar um ângulo), obtemos a área como sendo a função , com . Observe que não é necessário considerar os triângulos cuja base fica acima do eixo . (Por qué?) Deixamos o leitor verificar que o máximo da função é atingido no ponto , e que esse corresponde ao triângulo equilátero. 7.14 O único ponto crítico de é (isto é, a média aritmética). Como , é mínimo global. 7.15 Seja a formiga, (respectivamente ) a extremidade superior (respectivamente inferior) do telão, o ângulo , e a distância de à parede:
Se é a distância de à parede, precisamos expressar em função de . Para começar, , em que é o ângulo , e o ângulo . Mas e . Logo, precisamos achar o máximo da função
Observe que (indo infinitamente perto da parede, a formiga vê o telão sob um ângulo nulo) e (indo infinitamente longe da parede, a formiga também vê o telão sob um ângulo nulo), é claro que deve existir (pelo menos) um que maximize . Como é derivável, procuremos os seus pontos críticos:
Logo o único ponto crítico de no intervalo é . Vemos também que se e se , logo é o ponto onde atinge o seu valor máximo. Logo, para ver o telão sob um ângulo máximo, a formiga precisa ficar a uma distância de metros da parede. 7.16 Seja o raio da base do cone, a sua altura, o raio da base do cilíndro e a sua altura. Para o cilíndro ser inscrito, (para entender essa relação, faça um desenho de um corte vertical). Logo, expressando o volume do cilíndro em função de , . É fácil ver que essa função possui um máximo local em atingido em . A altura do cilíndro correspondente é . (Obs: pode também expressar em função de : .) 7.17 Seja o raio da base do cone, a sua altura. O volume do cone é dado por . Como e são ligados pela relação , podemos expressar somente em termos de :
onde . Os valores na fronteira são , . Procurando os pontos críticos dentro do intervalo: se e somente se . Como não está dentro do intervalo, somente consideramos o ponto crítico . (Como , é máximo local.) Comparando com os valores na fronteira, vemos que é máximo global de em , e que tem dois mínimos globais, em e . O maior cone, portanto, tem altura , e raio . 7.19 Cada quadrado retirado deve ter os seus lados iguas a . 7.20 Como no exemplo anterior, . Procuremos o mínimo global de em . O ponto crítico é solução de . Isto é, . Se , não tem ponto critico no intervalo, e atinge o seu mínimo global em (a melhor estratégia é de nadar diretamente até ). Se , e se , então tem um mínimo global em (como para todo , é convexa, logo é bem um ponto de mínimo global). Por outro lado, se , então não pertence a , e o mínimo global de é atingido em . 7.21 Seja o centro da piscina. Uma estratégia que minimize o tempo de viagem é de nadar em linha reta de até um ponto na beirada tal que o ângulo seja igual a (ou ). Depois, andar na beirada de até . 7.22 A maior vara corresponde ao menor segmento que passa por e encosta nas paredes em dois pontos e (ver imagem abaixo).
Seja o ângulo . Quando é fixo, a distância de a vale
Precisamos minimizar no intervalo . (Observe que , .) Resolvendo , vemos que o único ponto crítico satisfaz . É fácil verificar que é convexa, logo é um ponto de mínimo global de . Assim, o tamanho da maior vara possível é igual a
Observe que quando , a maior vara tem tamanho , e quando , a maior vara tende a ter tamanho igual a .