4.4
(1)
Vamos mostrar que o limite é .
Calculemos então
.
Seja . Para ter , podemos tomar
, onde .
Logo, como isso pode ser feito com qualquer , isso mostra que
.
(2)
Como a função é constante e igual a nos positivos, temos
. Observe aqui que para qualquer tolerância ,
podemos sempre tomar o mesmo , por exemplo . De fato, para todo ,
, qualquer que seja a tolerância.
Esse exemplo mostra que uma função pode coincidir com a sua assíntota.
(3)
Como a função é a divisão de por um número grande, o limite deve ser zero.
De fato, seja . Precisamos mostrar que
para todo suficientemente grande. Mas como não dá para resolver essa desigualdade
(isto é: isolar o ), podemos começar observando que
, e procurar
resolver .
Vemos que se , então essa desigualdade será
verificada, e .
Isso mostra que .
4.5
Seja . Queremos mostrar que para todo
suficientemente grande. Como , sabemos que
se , então existe tal que para todo (em particular, para esses ). Mas isso implica também
, o que queríamos.
4.7
(1) Como para
qualquer , usando (4.6) dá
.
(2)
(3) .
(4) Colocando em evidência e usando
(4.8),
(5)
(6) Colocando em
evidência no denominador, no numerador,
.
Como e que a fração tende a , temos
.
(7) “” não é definido.
Por outro lado, colocando em evidência,
(8)
Lembrando que (Exercício
1.8!), temos
.
Como se , se , temos . Como
, temos
.
(9)
Do mesmo jeito,
. Assim,
Como , e que a razão tende a
, temos
(10) O limite
não é definido, e .
(11)
(12)
(13) Como , temos ,
.
(14)
,
.
(15) Primeiro mostre (usando os mesmos métodos do que os que foram
usados nos outros itens) que . Em seguida,
observe que
se se aproxima de , então se aproxima de . Logo, . Obs: dizer que “se se aproxima de , então
se aproxima de ” presupõe que a função é contínua em .
Continuidade será estudada no fim do capítulo.
(16) Escreve , logo
. Mas , logo
.
Por outro lado, quando , logo .
(17) Como
temos, .
(18) não existe.
(19) .
(20)
Por definição, . Para estudar
, coloquemos em evidência:
. Como e
temos . Como
é ímpar, temos .
(21)
(22) Para estudar, :
, logo . Como é ímpar,
.
4.8
Pelo gráfico de , vemos que cresce e tende a
um valor limite, dado por
Vimos no Exercício 4.7 que
. Portanto,
Observe que para todo , então o paraquedista
nunca atinge a velocidade limite, mesmo se ele cair um tempo infinito!
Com os valores propostos,
.
4.9
(1) ,
.
(2) “” não é
definida, pois o domínio de é .
.
(3) Como , e que é limitado por ,
temos .
(4) .
(5) .
(6) .
(7)
(8)
(9) .
Esse ítem (e o próximo) mostram que argumentos informais do tipo
“
quando é grande” não sempre são eficazes! De fato, aqui daria
…
(10) .
(11) Aqui não precisa multiplicar pelo conjugado: pode
simplesmente colocar em evidência:
. Como
e ,
temos .
(12) (Obs: pode observar que , em que . Como
quando , temos , como no item (4).)
(13) Como , o limite é .
(14) .
4.10
(1) Para todo , , logo
.
Como tende a zero,
.
(2) Como , e como
, (mesmo método), temos que .
(3)
Como e
, o limite
procurado vale .
(4) Como , temos
.
(5) Como
, e , o
limite procurado é .
(6) Para todo ,
. Como
, o limite procurado vale
.
4.11
A divisão dá . Logo, como cada termo tende a ,
.
No caso geral, . Como são termos e que cada um
tende a , temos .
4.12
,
.
.
, logo é descontínua em
.
,
.
4.13
Escolha um ponto qualquer.
Como os racionais diádicos
são densos em , existem infinitos diádicos ,
arbitrariamente próximos de , tais que . Mas existem também infinitos
irracionais arbitrariamente próximos de tais que . Portanto,
não pode tender a um valor quando . O mesmo raciocínio vale para .
Logo, a função não possui limites laterais em nenhum ponto da reta.
4.14
,
.
, . Para
, , .
(Pode verificar essas afirmações também no seu esboço do
Exercício 2.4!)
4.15
(1)
(2) (O limite é bem definido, no seguinte
sentido: como é definida para , o limite
somente pode ser do tipo .)
(3)
(4)
(5)
(6) Sabemos que se , e
se . Logo, ,
, mas não existe.
(7)
(8)
(9) Como muda de sinal em , é preciso
que tenda a pela direita para ser bem definida,
e escrever esse limite como .
não é definido.
(10) Não definido pois não é definido perto de .
4.16
No primeiro caso, podemos comparar para todo .
Logo,
pelo Teorema 4.2,
existe e vale .
No segundo caso,
, e
. Logo, existe e vale .
4.17
(1) .
(2) .
(3) .
(4) .
(5) .
(6) .
4.18
Observe que quando , o denominador tende a .
Para o limite existir, a única possibilidade é do numerador também
tender a zero quando . Mas como tende a
quando , precisa satisfazer , isto é: .
Neste caso (e somente neste caso), o limite existe e vale
4.19
(1)
Como ,
temos .
(2)
Como , temos .
(3) Como e , temos (não é um limite do tipo “”).
(4)
Como ,
temos .
(5) Como
temos
.
(6)
(7) .
4.20
“” significa que ultrapassa
qualquer valor dado (arbitrariamente grande), desde que esteja
suficientemente perto de . Isto é: para todo (arbitrariamente
grande), existe um tal que se , então
.
Por outro lado, significa que
para todo (arbitrariamente grande),
existe um tal que se , então .
4.21
(1)
(2)
(3)
(4) Observe que enquanto , . Logo, , e
(5)
(6)
(7) Não é definido.
(8) ,
(9) .
(10) Não existe, porqué quando ,
oscila entre e , enquanto tende a :

(11) ,
.
(12)
(13)
(14) (veremos mais tarde como calcular esse
limite…)
4.22
A função tem domínio , e a reta é
assíntota vertical:
4.23
Observe que , logo é assíntota
horizontal.
Por outro lado, e . Portanto, é assíntota vertical.
Temos então: 1) o gráfico se aproxima da sua assintota horizontal em
, e ele tende a quando ,
2) o gráfico se aproxima da sua assintota horizontal em , e
ele tende a quando .
Somente com essas informações, um esboço razoável pode ser montado:

Observe que pode também escrever ,
logo o gráfico pode ser obtido a partir de transformações elementares
do gráfico de …
4.24
(1) , sem assíntotas.
(2) . Horiz: , Vertic: .
(3) . sem assíntotas.
(4) . Horiz: , Vertic: .
(5) . Horiz: , Vertic: .
(6) . Horiz: , Vertic: não tem.
(7) . Horiz: não tem, Vertic: .
(8) . Horiz: não tem, Vertic: .
(9) . Horiz: , Vertic: não tem.
(10) . Horiz: , Vertic: .
(11) . Horiz: , Vertic: não tem.
(12) Para garantir , Horiz: não
tem (já que o domínio é …), Vertic: (porqué
), (porqué ).
(13) . Horiz: não tem, Vertic: , .
(14) . Horiz: ,
Vertic: , .
(15) . Horiz: não tem,
Vertic: .
(16) . Horiz: , ,
Vertic: .
(17) . Horiz: não tem, Vertic: , .
(18) . Horiz: (a direita), (a esquerda),
Vertic: .
4.26
Por exemplo: , ou .
4.27
(1) Com , .
(2) (Escreve .)
(3) Com , .
(4) Com ,
.
(5) Chamando ,
(6) Com , temos (lembre o
item (22) do Exercício 4.7)
,
.
(7) Com a mesma mudança,
.
4.28
Pela fórmula (3.13) de mudança de base para o
logaritmo, . Logo, por
(4.25),
Por outro lado, chamando , implica .
Mas , logo
Definindo obtemos , o que prova a identidade desejada.
4.29
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
4.30
,
,
Já que esses dois limites laterais são diferentes, não
existe.
.
. Como
, existe e vale
.

4.31
O ponto é da forma , e
corresponde a .
Temos .
É fácil ver que a equação da reta é
. Logo,
. Quando se aproxima da origem,
isto é, quando se aproxima de , decresce,
o que significa que desce. Quando , . (Pode parecer contra-intuitivo, já que o segmento tende a
ficar sempre mais horizontal, logo o segmento fica mais vertical, à medida
que .)
4.32
Como um setor tem abertura ,
a área de cada triângulo se calcula facilmente:
Logo, a área do polígono é dada por . No limite obtemos
4.33
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7) Com a mudança ,
(8)
(9)
(10)
(11)
(12) (Pois é, esse limite é
um pouco mais difícil. Calcularemos ele no
Capítulo 6 usando a regra de
Bernoulli-l’Hôpital.)
(13)
(14) Como é contínua em ,
.
(15)
(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
4.34
Seja e grande o suficiente, tal que e para todo .
Para esses , podemos escrever , e . Logo, .
4.35
(1) Como e
é contínua,
(2) Como , temos
(3) Escrevendo
Já calculamos , e
chamando seguido por ,
Logo,
(4) Comecemos definindo tal que , isto é:
:
Mas ,
|
|
|
|
|
|
|
|
(5)
Se , é melhor escrever , logo
O caso se trata da mesma maneira. Obtemos:
(6)
O caso é trivial: . Quando ,
, logo (veja o Exemplo
4.22)
Para , usaremos a fórmula do binômio de
Newton:
onde . Portanto,
Observe que cada termo dessa soma, a partir do segundo, contém
uma potência de . Logo, quando , só sobra
o primeiro termo: . Logo,
Esse limite será usado para derivar polinômios, no próximo capítulo.